Na festa que os jogadores do Flamengo faziam nos vestiários após a conquista do título nacional de 1987, o indefectível repórter pega Zico pelo braço, e tasca: Muita alegria no vestiário do Fla, PRINCIPALMENTE, por mais uma conquista deste titulo brasileiro. Não é mesmo, Zico? Pasmo com tanto besteirol, Zico limitou-se a responder: é, né...
Durante um treino do Flamengo, o técnico Telê Santana
resolve substituir o zagueiro Rogério. Um repórter, na falta do que fazer,
corre em direção do zagueiro, e diz:
- Então, Rogério, a corda sempre arrebenta no lado mais fraco, né?
Telê, que nunca apalpou, partiu para cima do repórter fofoqueiro, querendo
dar-lhe uns cascudos...
Durante a Copa de 98, quando começaram os boatos
(boatos?) sobre o fato dos joelhos do Ronaldinho estarem "bichados",
os repórteres correm para cima de um dos médicos, que vinha saindo dos
vestiários, enchendo-o daquelas perguntas sempre "delicadas e
pacientes" de nossos repórteres. Nosso doutor, apavorado, saiu correndo
para o meio do campo, gritando:
- Ih, gente, sei nada não...tô chegando agora...
Alguém fez uma brincadeira com o microfone de um
repórter da Radio Globo, em Sampa, escondendo seu microfone nos vestiários, ao
lado do armário do Dodô. Após uma busca desesperada, encontrou e, julgando
ter sido Dodô o autor da brincadeira, foi atrás dele, aos gritos:
- Aprenda a não brincar com quem você não conhece, Dodô. Da próxima vez
que vpcê pegar meu microfone, te cubro porrada, cara.
Sem entender nada, Dodô foi para o vestiário meio assustado com aquele
doido...
Um repórter carioca, ligeiramente parecido fisicamente com Pelé, ao ser ovacionado pela torcida em Santiago do Chile, limitou-se a levantar e acenar os braços, agradecendo os aplausos e os gritos de Pelé, Pelé, Pelé...
Bauru, interior de São Paulo. Jogavam Noroeste, de
Bauru, e o XV de Novembro, de Piracicaba. O repórter Luiz Carlos Azenha,
embalado pela "emoção" do jogo, cochilava atrás do gol do XV... o
atacante do Norusca, Baroninho, erra o chute, e a bola vai para fora. O locutor
principal, pergunta:
- Como foi que Baroninho errou o chute... Azenha, o que foi que aconteceu?
E o Azenha, nada. Após conseguir despertá-lo, ficou estarrecido, ouvindo
nosso herói, estremunhando, dizer:
- Ouve XYKJ-460, São Paulo. É a Radio Difusora de Bauru, a melhor do País.
Foi demitido no ato...
Em 1970, durante uma excursão da Seleção Brasileira
pela África, após um jogo contra a Argélia, os repórteres correm para os
aparelhos de telex (alguém se lembra deles?). O aparelho não quer trabalhar.
Desesperado, o repórter chama um dos seguranças, e em um perfeito francês
camoniano, tasca:
- Messiê, messiê, Le maquinê parê! No picotê! Chamê le cará per
consertê, pô!
Durante a Copa de 98, na França, nossos repórteres
deitaram e rolaram:
Caso 1: Um deles, ao passar pela Catedral de Notre Dame, em reforma para
o Jubileu do Milênio, soltou esta pérola:
- Esta merda, está em obras há mais de mil anos...
Caso 2: Outro, vendo as muretas do Sena, pergunta ao motorista do
táxi (que falava português):
- Que rio é esse aí?
O motorista, irritado com tanta "sabedoria", respondeu:
- É a continuação do Mangue, que começa lá na Rodoviária do Rio.
O Grêmio de Porto Alegre tinha uma zaga do barulho:
Luiz Eduardo e Baideck. Jogavam Grêmio e São Paulo, cujo ataque era Muller,
Silas, Careca, Pita. Fim do 1º tempo. Grêmio 1x0. Rubens Minelli, técnico
gremista, chama a zaga e suplica:
O Flamengo iria jogar em Belém, contra o Remo. João Avelino, que era o técnico do Remo, descobriu uma maneira infalível para não o Mengão jogar. Mandou encharcar o campo, e soltou uma tropa de cavalos, que deixou o gramado destruído, impraticável para o futebol. Resultado: Ninguém conseguiu jogar futebol e o resultado final de 0x0, satisfez completamente ao nosso querido João Avelino...
Certa feita, numa pelada em um dos muitos campos que
existiam Colatina/ES, um peladeiro de nome Ivo, que era zagueiro de pouca ou
quase nenhuma técnica, ouviu o grito de um companheiro:
- Ô Ivo, vira a bola!
De costas para o seu gol, o zagueiro virou-se e, como se fosse a coisa mais
natural do mundo, chutou a bola contra o seu próprio patrimônio, fazendo gol
contra.
Nosso querido Pepe, que fez história como um dos maiores extremas do futebol brasileiro, agora nos brinda com algumas histórias do "arco da velha", fruto de sua movimentada vida profissional. Eis duas delas:
Houve um juiz, João Ceves, que famoso por seus "arranjos" para beneficiar este ou aquele clube. Em Araraquara, jogavam Ferroviária e Botafogo, de Ribeirão Preto e nosso amigo Ceves, disposto a ajudar o clube da casa, apitou um pênalti contra o Botafogo. O cobrador oficial da Ferroviária, que era o zagueiro Antoninho, desperdiça a cobrança. Mais alguns minutos, Ceves apita outro pênalti. Novamente Antoninho perde a cobrança. Quase no fim do jogo, mais um pênalti. Antoninho pega a bola, preparando-se para efetuar a cobrança, quando nosso amigo Ceves toma a bola do infeliz, mete-lhe o cartão vermelho no nariz, dizendo: Aqui você não bate mais bosta nenhuma... Determina então que Peixinho efetue a cobrança, que bate e converte. Aí então, Ceves apita o fim do jogo...
Consta que havia no interior da Bahia, um jogador de nome Zé do Efeito, que conseguia dar efeitos incríveis em seus chutes. Falta perto da área, já podia ser considerado gol. Dificilmente ele perdia. Numa final, decidindo o título da 3ª Divisão baiana, aos 45 minutos do 2º tempo, com o placar acusando 0x0, o juiz dá um pênalti para o time da casa. Pronto, a torcida já comemora por antecipação. Se Zé do Efeito nunca perdia faltas, não poderia perder um pênalti, ainda mais decisivo. Lá foi nosso herói e faz a cobrança. O estádio inteiro fica abismado, pois o goleiro defendera o pênalti, apesar de todo o efeito posto na bola. A torcida começa a vaiar o ex-herói, quando este faz um sinal para a platéia, pedindo que aguardassem mais um pouco. E então, quando o eufórico goleiro tenta bater a bola no chão para colocá-la em jogo, esta, ainda com o "efeito" do Zé, quica no chão e vai para dentro do gol. Pronto, o Zé do Efeito não falhou... Pepe garante que é verdade.
Jogou no Corinthians um certo Caito, que não vingou.
Foi emprestado ao Remo, do Pará. Naquela época, sempre que havia um
empréstimo, incluia-se uma cláusula que proibia o atleta de enfrentar o clube
dono de seu passe. Caito conseguiu se destacar no Clube do Remo, que ia
enfrentar o Corinthians pelo Campeonato Nacional. Pela cláusula, não poderia
jogar. Contudo o folclórico João Avelino, também conhecido como
"71", era o técnico do Remo e não teve dúvidas em escalar nosso
Caito. Indagado sobre a cláusula, nosso "71" prontamente retrucou:
- Não é o Cláusula, não, é o Caito que vai jogar... além do que, eu
não sei ler...
Seleção colatinense da década de 50/60 com jogadores
de apelidos curiosos:
Tronco, Farofa, Marreta, Manteiga, Foca e Tira-Gosto, Batatinha, Barbado, Pereá,
Maritaca e Chico-Penca.
Seleção colatinense da década de 70/80/90 com jogadores de apelidos curiosos:
Parafuso, Chiranha, Sapucaia, João Bafo e Painel, Bigodinho, Prego, Garrafa e
Carrapicho, Tachinha e Vassourinha.
Contribuição de Toninho Costa
GARAPINHA
Conta-se que no interior de Colatina havia um jogador cujo apelido era Garapinha.
Seu apelido se devia à caninha que ele tomava durante as partidas de futebol.
Zagueiro de pouca técnica, quando a bola vinha em sua direção era
imediatamente rebatida, o que lhe dava tempo suficiente para correr em direção
ao seu gol, onde ficava sua garrafa de cana, para tomar mais uma. Garapinha
morreu tentando fazer o que mais gostava: tomar um trago.
Contribuição de Toninho Costa
Conta-se que um jogador cujo apelido era Toninho, após um jogo entre Baunilha e Sul América, ao subir na carroceria de um caminhão, depois de ter jogado 180 minutos, no aspirante e titular, teve cãibra nas duas pernas. Um gaiato disse que mascar fumo de rolo acabaria com o problema. O fumo não eliminou a cãibra e ainda provocou uma terrível dor no estômago do infeliz.
Contribuição de Toninho Costa
Logo após a Copa de 1958, nosso centroavante Vává,
era chamado de 'Leão da Copa'. Contratado pelo Vasco da Gama, enfrentou logo na
estréia, a marcação de um becão daqueles truculentos, chamado Onça. Desde o
início, Onça vinha "pegando pesado" na marcação e a cada entrada,
dizia para Vává:
- Você pode ser "Leão de Copa", lá pras suas nêgas... com o
Oncinha aqui, o papo é outro.
Já cansado de levar porrada, Vává com sua velha malícia, aguardou a
oportunidade para "dar o troco". Numa cobrança de escanteio, subiu
junto com Onça e desferiu-lhe vigorosa cotovelada na boca, arrancando três
dentes do becão, que reclamou com Vává:
- Pô, olha só que você fez.
Vává só sorriu, dizendo:
- Eu nunca vi Onça comer Leão...
Conta-se que uma equipe colatinense foi jogar na cidade de Itaguaçu/ES e que um atleta acabou apanhando de uma senhora de quase 70 anos. Foi o seguinte: D. Iracema, torcedora do Nacional, não admitia que seu time perdesse e determinado jogador colatinense, após marcar um bonito gol no time da casa, foi bater um lateral bem ao lado da velhinha. Quando ela percebeu que era o homem que havia marcado gol no seu querido Nacional, não perdeu tempo, de guarda-chuva em punho, saiu correndo atrás do infeliz descendo-lhe a lenha.
Contribuição de Toninho Costa
Conta-se que na equipe do Juventude de Vila Lenira dos
anos 70 havia um jogador apelidado de Kolynos, que sabia do riscado e um
cabeça-de-área com excelente visão de jogo.
Certa vez, jogando em Novo Brasil/ES, o treinador Caliari teve o lateral direito
lesionado e enquanto aquecia outro atleta, pediu que Kolynos caísse por aquele
lado até que ele fizesse a substituição. Depois do aquecimento e entrada do
novo atleta, o treinador percebeu que Kolynos estava estendido no chão.
Preocupado, correu em sua direção para socorrê-lo e questionou:
- Kolynos, você está machucado?
Para seu espanto, Kolynos muito sério respondeu:
- Não! Você não pediu que eu caíse por aqui? Foi o que eu fiz.
Contribuição de Toninho Costa
Pobre Pitico, que foi um dos grandes andarilhos de
nosso futebol. Contratado pelo América de Rio Preto, apresentou-se ao
massagista que, achando que ele estava com "a espinhela caída",
pegou-o por trás, dando-lhe aquele terrível tranco, para "endireitar a
espinhela". Feliz com o estalo ouvido, soltou nosso herói, dizendo:
- Viu como eu tinha razão? Ouviu o estalo? Agora tá tudo no lugar!.
Pitico com mais dores ainda retrucou:
- Não, seu filho da mãe... tá doendo mais ainda... o estalo foi que você
quebrou meu raiban novinho!
Mostrou os óculos quebrados e foi embora resmungando mais ainda...
Castor de Andrade, antigo dirigente do Bangu além de
notório bicheiro, estava em reunião de negócios, comprando o passe do jogador
Marinho pertencente ao América de Rio Preto e, ao ser chamado de Esquilo pela
3ª vez, irritou-se e disse ao folclórico Birigui, presidente do América:
- Esquilo é a senhora sua mãe...
O certo é que, apesar da "esquilice", o negócio saiu...
No Fluminense, jogou um lateral esquerdo, chamado Valentine, que tinha pouca técnica, mas uma disposição enorme, e um físico privilegiado. Certa vez, após receber uma entrada mais forte de um adversário, não quis sair do jogo, para não perder a posição de titular que tanto custara ganhar. Todavia, depois de mais algumas partidas, não conseguiu mais disfarçar as dores. Um simples Raio X constatou a existência de "somente" duas costelas fraturadas... haja disposição...
Nosso Nosso novo sexagenário, Pelé, também teve de pagar seus micos. Um deles, foi na Grécia. Uma mulher, com sua filha, chegou-se a Pelé, querendo tirar uma foto com o Rei e pedir autógrafo. Atendida, quis deixar de presente para Pelé, nada mais nada menos que a filha. Segundo testemunho do Lima, foi um custo convence-la de que não seria possível aceitar tal presente...
Nosso saudoso Joel Camargo, durante uma excursão do Santos ao Chile, numa tarde livre, levou a turma toda ao melhor cinema que, dizia Joel, pelo tamanho dos cartazes estava passando o melhor filme. A rapaziada ao chegar ao cinema com o entusiasmado Joel, deparou-se com o cinema, onde havia dois grandes cartazes anunciando: CERRADO PARA VACACIONES... Não é preciso dizer que nosso Joel não manjava lhufas de espanhol...
Jogo era Santos e Linense, em Lins. Sorteio no meio do
campo. Hélvio, capitão do Santos, vai sorridente, cumprimentar Frangão,
capitão do Linense e famoso pela violência que empregava em campo. O
truculento quarto zagueiro Linense, arreganhou os dentes e lascou:
- Tá rindo do que? O pau vai comer solto...
Em 1971, jogavam no Mineirão, São Paulo e Atlético
Mineiro pela triangular final do Campeonato Brasileiro. Falta contra o São
Paulo, barreira já dentro da grande área. Prepara-se para a cobrança, Oldair,
cujo canhão era famoso. Vai e dispara o míssil. A bola vai bem na direção da
cabeça de Gerson que, ao perceber a porrada que iria receber, instintivamente
abaixa a cabeça. A bola passa e pega o goleiro Sérgio, de surpresa. Não tem
tempo nem para pensar e... bola na rede 1x0 para o Atlético, que ganha o jogo e
dispara para o título. Nos vestiários, Sérgio, desalentado diz:
- Pô Gerson, tu podia ter tirado aquela bola, pô!
Gerson simplesmente responde:
- Fica frio, certo... Se eu não tiro a cabeça, agora estava sem ela.
Título a gente pode ganhar no próximo. Cabeça eu nunca mais ia arranjar outra
igual, certo?...
Preliminar de Santos e São Paulo, na Vila Belmiro. Sob
o sol das 13 horas, jogam os juvenis das duas equipes. Lá pelas tantas, após
um encontrão, o jogador Babá do Santos, cai na área tricolor e lá fica
estatelado, sem se mexer. O massagista Francis, dá um grande pique, preocupado
com o pupilo. Carrega-o para fora do campo e fica muito p... da vida, ao ver que
fora fita do garoto, que só queria descansar um pouco e tomar água. Francis,
zangado, tira a bolsa de água das mãos do moleque, toma um grande gole e
mostrando seu desagrado diz:
- Primeiro eu, que bati meu próprio recorde dos 100 metros por nada, PÔ...
Nosso futebol tem algumas figuras folclóricas pouco
conhecidas, como por exemplo, um lateral direito chamado Donizete que
"pererecou" por diversos clubes pequenos. Num deles, o técnico
ao notar suas constantes contusões, achou que ele deveria ter problemas de foco
infeccioso nos dentes e, apesar dos protestos do jogador, encaminhou-o ao
dentista. Donizete, após muito relutar (tinha pavor da broca), concordou em
abrir a boca. O dentista percebendo o pavor do jogador, tranquilizou-o dizendo:
- Não se preocupe, só temos um dente para tratar.
Aliviado, Donizete perguntou:
- Legal, e quando começamos?
O dentista:
- Agora mesmo, vamos tratar desse dente, é pouca coisa... os outros todos
vamos arrancar amanhã...
Donizete desmaiou...
Valber, que jogou no São Paulo, sempre foi campeão
de "desculpas", para justificar atrasos, faltas e tudo que
possa indicar que a qualidade de seu futebol está em proporção direta com sua
irresponsabilidade profissional. Tanto é que não esquenta lugar em
nenhum clube. Mas uma das desculpas esfarrapadas campeãs foi quando, após ter
se reapresentado com mais de 2 dias de atraso, chegou-se ao diretor tricolor com
a cara mais deslavada do mundo e disse:
- Sabe... - Antes que iniciasse a desculpa, o diretor o
interrompeu, dizendo:
O ex-juiz Mário Vianna (ninguém poderia
esquecer os dois NN) aconselhava um estagiário, que queria ser locutor. Para
orientá-lo, disse:
- Garoto, faça como eu...e soltou um tremendo berro BANHEEEEIRAAAA!!!
O rapaz assustou-se com tamanho berro e Mário Vianna completou:
- O principal, é manter o tímpano em forma.
E apontava para o gógó...
Na inauguração do Estádio do Morumbi,
antes do início do jogo entre São Paulo e Sporting de Lisboa, o juiz Olten
Aires de Abreu, na hora do "cara ou coroa" para escolha do campo,
dirigiu-se ao capitão português:
- Então, Sr. Quaresma, vai ser cara ou coroa?
Quaresma respondeu:
- Ora, como vou saber, se ainda não atiraste a moedinha ao ar?...
Esta é histórica. Numa reunião do CND
(Conselho Nacional de Desportos), estavam presentes o representante do
Presidente da República, governador do Estado, generais, prefeitos e outras
patentes. O dirigente pernambucano Rubens Moreira, emocionado ante tão
seleta platéia, iniciou assim seu discurso:
- Senhoras autoridades...
Numa das viagens da Seleção Brasileira,
houve uma parada no Aeroporto de Madrid. Os passageiros em trânsito, iam
declarando sua condição de "trânsito", e recebendo a senha das
mãos da funcionária. Quando chegou a vez de Manga, ele ia passando sem olhar e
a funcionária automaticamente perguntou:
- Trânsito?
Manga respondeu:
- Não, Manguinha...
Nosso Grande Mestre de xadrez, Mequinho, dava
uma entrevista, anunciando sua volta aos tabuleiros. Na concentração da
Seleção, alguns jogadores assistiam ao noticiário e um deles comentou:
- É... lá no Rio também, após umas 30 passagens pela Delegacia, qualquer
um é grande mestre de xadrez...
Viana, antigo zagueiro central que jogou no Vascão,
(foi reserva de Bellini), estava naquela fase decrescente que sempre acontece
quando os jogadores passam a sofrer da doença chamada PVC (para quem não
conhece é Porra da Velhice Chegando), estava no famigerado "fim de
carreira", jogando no Noroeste de Bauru. A crise financeira apertando, ele
pede para seu colega e amigo, Bir, para que venda sua querida Mauser, revólver
que ganhara de herança de seu pai. Nesse meio tempo, recebe o aviso da
diretoria do Noroeste de que estava dispensado. Com o restinho de
"grana" que lhe restava, compra 2 garrafas de conhaque e amarra
"aquele fogo". Cai em coma alcoólica. Chega o amigo Bir, acompanhado
de Moisés, outro jogador em fim de carreira. Socorrem-no. Ao recobrar a
consciência e ainda desesperado, pergunta a Bir:
- Amigo, cadê a Mauser?
Moisés, indignado, retruca:
- Ora, mas que puta negão pau-d'água! Mal escapou da morte e já quer
outra bebida?...
Bangu e Flamengo decidiam um título de Juniores. Lá pelas tantas, o técnico do Bangu percebeu que o juiz usava uma chuteira com listras vermelhas e pretas (cores do Mengo). Sem pestanejar, entrou em campo e arrancou as chuteiras do pé do juiz. Com chuteiras neutras, o Bangu ganhou o título com um gol no último minuto...
O Vasco teve um centro-avante que "adorava" aquelas
entrevistas "inteligentes" que os famigerados locutores de campo amam
fazer. Genuino (o nome do jogador em pauta), tentou fugir de um locutor, que se
auto-denominava "o que sabe falar com os craques". Sabedor da alergia
de Genuino, chegou-se ao craque:
- Genuino, só duas palavrinhas.
Nosso herói respondeu "na lata":
- Ôce é doido mermo. Si ieu num falo nem uma palavrinha, comu é qui ôce
qué qui eu fale duas?...
Lálá, antigo goleiro do Santos e que atualmente é comerciante estabelecido em Santos, teve uma passagem curiosa quando era técnico da Portuguesa Santista. A "Briosa" estava cai-não-cai para a Segundona e dependia de pelo menos um empate com o Nacional para manter-se na Divisão Principal. Jogo em Ulrico Mursa difícil, com oportunidades para os dois lados quando, aos 40 minutos do segundo tempo, a "Burra" ataca e quase consegue seu gol, que seria o da salvação, mas o zagueiro nacionalista salva em cima da linha e arma o contra-ataque. Lucas, um arisco ponta-direita pega a bola ainda em seu campo e, sem marcação, "despenca" para o ataque. Ao passar diante do banco de reservas da Portuguesa, sofreu uma marcação no mínimo inusitada, pois Lálá vendo a "vaca ir para o brejo", não teve dúvidas em levantar-se e, na corrida, atracou-se com Lucas, derrubando-o. O juiz só pode expulsar o goleiro "invasor" e dar a tradicional bola-ao-chão. Lálá retirou-se feliz do campo. Salvara a Portuguesa do rebaixamento...
Num amistoso entre paulistas e cariocas em
homenagem ao Principe Phillip da Inglaterra, os fuzileiros navais, com sua Banda
Marcial, fizeram diversas e lindas evoluções em campo. Para encerrar,
desenharam com suas figuras a frase : GOD SAVE THE QUEN. O
principe virou-se para o intérprete, dizendo:
Semifinais do Campeonato Paulista de 1981. Em São José dos Campos, jogam São Paulo e São José que, naquele tempo, tinha um time de futebol. Após o jogo, a torcida joseense cerca o ônibus do tricolor para, digamos, "cumprimentar" os jogadores sãopaulinos. Julgando-se ameaçado, Mario Sérgio saca o revólver que portava e dispara contra a calçada afugentando os, digamos, ardorosos fãs. Declarou depois que eram balas de festim. Como resultado e com duvidoso senso de humor, no jogo seguinte, o encarregado do placar do Morumbi, ao anunciar as escalações dos times para o jogo de volta, após colocar o nome de Mario Sérgio, simplesmente acrescentou ‘O REI DO GATILHO’... Pode ?
Montevidéu, jogo final da Libertadores, entre Flamengo e Cobreloa. Mário Soto, zagueiro chileno, que já havia jogado pelo Palmeiras, distribuía porradas sôbre qualquer flamenguista que passasse por perto. Com o jogo praticamente ganho, Paulo César Carpegiani, técnico do Mengão, chamou o reserva Anselmo, físico de fisicultor, dando uma missão especifica, "ao pé do ouvido". Anselmo escutou sem piscar os olhos, entrou em campo, chegou perto do Mário Soto, e sapecou-lhe uma porrada, nocauteando-o. Expulso pelo juiz, menos de 5 minutos após sua entrada em campo, foi cumprimentado pelo técnico. Cumprira sua missão com louvor. Todos os companheiros que foram vítimas da truculência do "falecido" Mário Soto, sem sombra de dúvidas, sentiram-se vingados...
Final do Campeonato Paulista de 1956, entre São Paulo e Santos, decidido com um "curiosa" manobra de bastidores. Corria em Santos, a notícia de um possível suborno de dois jogadores santistas, dos mais importantes. Modesto Roma, uma das maiores raposas que já existiram no futebol (mais decisivo até que o Euricão), simplesmente comentou : "Antes que eles me jantem, vou almoçá-los". Ao serem anunciadas as escalações, o Santos entrou em campo sem aqueles dois titulares, substituídos por seus reservas, de menor técnica, mas de maior integridade. O curioso porém, é que o goleiro do São Paulo, o argentino Bonelli, engoliu dois "baaitas" frangos, sendo o responsável direto pela derrota do tricolor. O que teria havido? Teria sido o almoço do Modesto Roma? O certo é que Bonelli nunca mais jogou pelo São Paulo...
Em 1970 e qualquer coisa, o grande Nilton Santos resolveu ser técnico, começando pelo Bonsucesso, modesto time do subúrbio do Rio de Janeiro. Com seus grandes conhecimentos futebolísticos, montou um time até que bom, considerando-se os parcos recursos de que dispunha. Depos de 7 jogos, conseguiu 5 vitórias. A diretoria do Bonsucesso, não estava acostumada com aquilo e chegando à conclusão de que, pagando tantos "bichos" por vitória, o clube acabaria falindo, optaram pela solução mais "lógica" e barata. Simplesmente demitiram o técnico que estava causando tanto prejuizo... Pode ?
Numa excursão do São Paulo à Europa, em 1958,
antes da Copa de Suécia, houve um jogo em Lisboa, contra o Benfica. Maurinho
descia com a bola pela direita, e preparou o centro para o centroavante Gino, na
jogada mais "manjada". O goleirão Costa Pereira, prevendo o centro,
adiantou-se para interceptar o cruzamento. Maurinho, raciocínio rápido, viu o
golzão todo aberto e ao invés de centrar, colocou direto para dentro marcando
um lindo gol. Costa Pereira, sem vacilar, em altos brados dirigiu-se ao juiz:
- O golo não vale, ele ia centraire.
Gino jura que é verdade, e quem somos nós para duvidar?
Final da Libertadores de 1992. Jogo difícil
no Morumbi entre São Paulo e Newells Old Boys da Argentina. Telê Santana,
indócil, de pé o jogo inteiro orientando o time da beira do campo. O
representante da FIFA, lá pelas tantas, ordena a Telê para que se sente, que
saia de lá. Sem perder um segundo e sem sequer olhar para o indignado
representante, disse:
- Não posso sentar, tenho um furúnculo na bunda.
E lá ficou até o final do jogo...
Tivemos muitos gols "espíritas". Por exemplo, aquele de Palhinha, na decisão do Paulista de 1977, quando a bola, rebatida pelo goleiro Carlos, bateu em seu nariz e entrou... Outro famoso foi o de Amarildo, na decisão do Mundial de 1962, ele tentou um centro, pegou mal na bola e a redondinha entrou, para sorte nossa... Mais impossível ainda, foi um gol marcado por um certo Benedito (não era Benê, era Benedito mesmo), jogador de técnica quase zero, tentou evitar que uma bola saísse em tiro de meta e estando sobre a linha de fundo, simplesmente chutou a bola que, caprichosamente tomou um efeito inacreditável, entrando no gol do Corinthians no último minuto de jogo. Pode-se também lembrar o gol marcado por Muller, na final do Mundial de Clubes de 1993 contra o Milan. Um dos mais esquisitos porém, foi marcado por um certo Leonidas, que jogou no América do Rio e que para não ser confundido com o famoso Leonidas da Silva era chamado pela imprensa, como "Leonidas da Selva". E não é que, em uma excursão pela Turquia, o dito cujo "Da Selva", tentando alcançar um centro, tropeçou e para não estatelar-se no chão, plantou uma "bananeira". Ao faze-lo acertou com o calcanhar na bola que, surpresa, entrou dentro do gol... Tentem imaginar a cena...
Eleições para a presidência do Vasco da Gama, em
1985. O famoso Ferreirinha, velho cabo eleitoral de Antonio Calçada,
fazia a tradicional pesquisa na fila de votantes, até encontrar um velho
conhecido, patrício do Alentejo, que lhe disse:
- Olhe gajo, o voto é secreto, mas vou dizer-lhe que vou votar em Rubens
Medina, que é o 24, se não me engano...
Concentração do Mengo. O atacante Peu
contava que havia sonhado com o jogador Fio, e estava preocupado com o que
poderia significar tal sonho. Zico, para gozar com o companheiro, disse que
sonhar com um dentuço como o Fio, significava morte de um parente próximo. Peu
suspirou aliviado, e disse:
- Não preciso me preocupar então, pois não tenho parentes próximos,
todos moram lá em Maceió...
Concentração do Mengo. Fio Maravilha,
aquele, contava um caso e disse:
- Foi lá onde Judas perdeu as meias.
Zico corrigiu, dizendo que o certo é "Onde Judas perdeu as
botas." Fio não se deu por achado, e retrucou:
- É que depois de perder as botas, êle andou mais um pouco, e perdeu as
meias também...
No ano de 1945, seria jogado um FLA-FLU super-importante. O Flamengo precisava ganhar a qualquer custo, e o técnico Flavio Costa queria porque queria segurar o jogador Vévé na concentração, o que não era fácil, pois o craque era "garanhão" contumaz. Como única alternativa, o treinador escondeu a denta - dura do Vévé, somente a devolvendo após o jogo, que foi vencido pelo Flamengo...com dois gols de Vévé, lógico...
Jogo da seleção brasileira. O
repórter de campo da rádio Panamericana, Silvio Luiz, chama o locutor Pedro
Luiz, dizendo:
- Pedro, a bandinha aqui no campo está tocando uma marchinha.
E Pedro Luiz responde:
- Silvio, a "bandinha" é a Banda Marcial da Força Pública, e a
"marchinha" é o Hino Nacional.
Decisão do Campeonato Paulista de 1946. São Paulo e Palmeiras. Para variar, explode uma das briguinhas tradicionais quando eles se enfrentavam. Villadoniga, um uruguaio de quase dois metros de altura, procurava algum são paulino doido que quisesse enfrentá-lo. Remo, meia-esquerda são paulino de metro e meio ou pouco mais, chega-se sorrateiramente pelas costas do monstro e, com um belo salto atinge o traseiro dele com um belo pontapé. Agacha-se e sai correndo. Villadoniga vira-se, furioso, procurando quem o tinha atingido, esquecendo-se de olhar para baixo. Resultado: Remo saiu incólume e feliz por ter acertado o desafeto.
Decisão no Basquete. Franca e
Bauru. Bauru com 1 ponto de vantagem. Um jogador de Franca, cujo nome me foge,
arremessa de três pontos e converte no fim do jogo. Fica a dúvida se ao soar o
sinal, a bola estava nas ascendente ou na descendente. O juiz considera a
primeira hipótese e não valida os pontos. Hélio Rubens, técnico de Franca,
dirige-se de maneira, digamos, pouco amistosa ao juiz e os microfones da TVBAND
captam o seguinte diálogo:
Juiz: - Sr Hélio, eu sou o juiz, exijo que o senhor me
chame de senhor e que me tenha respeito.
Hélio: - Senhor juiz, com todo o respeito, o senhor é um
filho da puta.
Tivemos figuras muito interessantes no futebol, como por exemplo, Elmo Bovio. Centro-avante argentino, catimbeiro como ele só. Abusando de seu físico avantajado, sempre deslocava os goleiros nas cobranças de escanteio. Jogou no Palmeiras e no São Paulo e uma de suas passagens mais curiosas deu-se num jogo São Paulo x Portuguesa em 1953. O goleiro da Lusa era uma rapaz com físico de halterofilista, chamado Lindolfo - que tinha um autocontrole muito forte e não estava caindo na catimba do Bovio que, por sua vez, já estava incomodado com aquilo, pois nada irritava Lindolfo que, também bem dotado fisicamente, não se deixava deslocar em nenhuma jogada de área. Não aguentando mais o "pouco caso", Bovio teve uma idéia brilhante e disse a um companheiro que iria acabar com a pose de "aquello bonitchinho". No primeiro escanteio, colocou-se atrás do goleiro e na hora que o mesmo tomava impulso para o pulo, enfiou um dedo no… digamos… ponto crítico posterior. Calculem o susto e a bronca do Lindolfo, que era super assediado pelo público feminino. Virou-se e quase nocauteou o atrevido. Resultado: apesar de ter perdido um dente, o argentino ficou felicíssimo, pois tirou o goleiro do jogo e conseguiu virar o placar que era desfavorável ao São Paulo. Não se esqueçam que naqueles idos não havia substituição e a Portuguesa teve que improvisar um jogador de linha para o gol. Nos dias atuais, com muitos goleiros, tal tática não daria certo pois alguns deles poderiam gostar da idéia…
Copa do Mundo de 1962. Brasil x
Chile. Fim de jogo. Para variar, Garrincha tinha "arrebentado". Um
repórter chileno chega-se a ele, querendo entrevistá-lo e diz:
- Señor Garrincha, diga un hola al microfono.
Garrincha, na sua proverbial simplicidade, diz:
- Hola microfono…
E vai embora, deixando o repórter com a maior cara de tacho…
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